É meio assim...
Não queria, mas vou ter que fazer um preâmbulo,
introdução, ou seja lá o que for.
Caso procurem em minhas postagens, irão conhecer "minha
vida atlética”, seja no futebol, no surf e principalmente no Triathlon, esse
esporte que adotei, ou fui por ele adotado.
Início
da peregrinação esportiva
Minha peregrinação nos esportes
teve inúmeros percalços, mas, insistente que sempre fui, consegui superar um a
um.
Concorrência de tempo com o trabalho
(futebol), falta de talento competitivo (surf), lesões (principalmente no
futebol), entre tantos outros.
Isso tudo me levou à natação.
Até hoje, sou exímio nadador (para
me salvar..... rsrsrs).
Depois ao Biathlon e, por
último, ao Triathlon, no qual, sem nenhuma expectativa que não fosse a de fazer
atividade, acabei, como disse, sendo adotado e tive meus melhores desempenhos.
Pra quem não nasceu em berço de
ouro, ter feito Triathlon com bike de pedalar na rua, correndo descalço, sem
saber nadar direito, posso dizer que sou um vencedor.
Colegas,
técnicos, amigos, provas e mais provas...
Aos poucos, já com certa idade,
uns 40 e poucos anos, fui evoluindo.
Fui fazendo amizades com tantos
atletas tops que nem vou mencionar.
Todos me dando incentivo.
Nunca pensei que teria um
técnico.
E tive pouquíssimos.
Meu primeiro, Fábio Matos,
ainda quando a UNIMONTE tinha um CT absolutamente ótimo na Vila Mathias.
Treinei com Polyana, com
Galindez, com Carla Moreno e com uma porrada de atletas tops.
Mas, principalmente, treinei
com amigos: Cláudio Miller, Cleber (vagabundo... piada interna... kkk), Rubão e
outros mais que, espero, não fiquem chateados por não mencioná-los aqui.
Depois que fiz meu 1º Triathlon
Olímpico no TB e ganhei (não por ter talento, mas por sorte mesmo), resolvi
levar um pouco mais a sério este esporte.
Memórias tatuadas
Quando digo que treinei entre
amigos, queria fazer uma menção ao Cleber Celino.
Uns dias depois de meu pai ter
feito a sua passagem, fui ao CT da UNIMONTE e nem queria cair na água.
Fiquei sentado por quase uma
hora na borda da piscina.
O Cleber nadava e acho que
ainda nada melhor que eu.
Ele, mesmo sem saber de nada,
não caiu na piscina.
Ficou ao meu lado, me olhando
e, do nada, me jogou na água.
Falei:
- “Tá
doido, vagabundo?”
Ele:
- “Bora
nadar, Marcão”.
Coloquei os óculos e começamos
a nadar.
E ele o tempo todo na raia do
lado, junto comigo, sem querer me ultrapassar.
Nadamos uns 2.000 m e quando
paramos ele me olhou e disse.
- “Ele
está bem. Fica tranquilo”
Nunca esqueci isso e nunca lhe perguntei
a respeito.
Tem coisas que ficam tatuadas
em nossa mente.
Voltando...
Depois disso, como o Fabinho
era apenas um “técnico” disposto a me dar dicas (porque eu não contratei
ninguém... rsrsrs), meus amigos resolveram que eu ia fazer a pourra do Ironman.
Já tinha feito uns trocentos
TB, alguns meios Long Distance de
Pirassununga etc.
Entrei na turma do Fernando
Rocha e seus amigos, Guto, etc.
Daí, fui para meu 1º técnico
contratado, Ivan Yague.
Meu objetivo era conseguir
completar um único Ironman.
E assim o fiz.
Depois, por obra do destino,
encontrei meu irmãozão Silvão.
E ele me levou até onde nunca
imaginei que chegaria no Triathlon.
Completei 7 provas de Ironman
Full.
Ganhei várias provas como as 2
de Guaratuba – Insano.
Ganhei algumas do TB Olímpico e
inclusive 2 campeonatos.
Ganhei 2 provas do Challenge,
inclusive uma delas me dando vaga para o mundial na Eslováquia em 2.018.
Também em 2.018 ganhei pela 1ª
e única vez minha categoria no Internacional de Santos.
Mas.........
Decisão
e motivos
Acho que foi um pequeno
preâmbulo, né?
Bom, agora a decisão mais
difícil.
Estou desapegando de
competições.
Por inúmeros motivos, sendo estes os principais.
- Em 2019, resolvi tirar um ano sabático (kkk... adoro essa
expressão).
Mas, na real, depois de mais de
20 anos de Triathlon e indo para 62 anos de idade, já estava exausto de seguir
planilhas de treinos, com tudo o que isso envolve.
E assim foi.
Conversei com o Silvão, que entendeu
tudo, e passei a fazer somente aquilo que tinha vontade, para preservar minha
saúde mental e física.
Nadar o quanto e quando queria.
Pedalar e correr também.
Sem compromisso com
competições.
- Veio 2020 e a “pourra da pandemia”.
- Vieram 2.021 e 2.022.
A “pourra da pandemia"
passou, mas a preguiça ficou... kkk
- Veio 2.023 e minha vida já estava focada em outras coisas não
competitivas.
Em paralelo, para nadar já não
tinha mais o local onde eu pudesse fazer da forma que queria.
Para pedalar, amigos meus
sofreram ataques de vagabundos para roubarem suas bikes.
Fora a mão-de-obra para pedalar
em lugar “mais ou menos” seguro.
Para correr, sem problemas.
Ôps! Nem tanto.
Ainda ontem, sofri uma
tentativa de assalto nas calçadas da orla de Santos.
Na verdade, depois descobri que
não era comigo.
Era com uma menina atrás de mim,
que estava falando ao celular.
Mas o “coitado”, em sua bike,
foi parar de volta na ciclovia após eu o derrubar, pois pensei que fosse
comigo.
E assim caminha a desumanidade.
Resumo
bem resumido
Sabe quando a gente perde o
tesão por algo ?
É assim.
Estou nessa vibe.
Mas o Blog vai continuar, como
sempre, com as minhas publicações sobre tudo aquilo que eu puder tentar passar
para quem quiser.
Irei vender muitos itens e doar
muitos outros.
Claro que vários itens de
competição, caros que são, irei vender:
Bike de competição
Rodas de competição
Capacete de competição
Roupas de natação de competição
Enfim, tudo de competição.
Dentre muitos itens, como
roupas de treino e prova, capacete de “não competição”, vou doar.
Quanto a me manter ativo.
Sim.
E muito.
Mas apenas pela saúde física e
mental.
Quando estiver muito a fim de
dar umas braçadas, graças a Deus, tenho o mar aqui bem perto de casa.
Quando estiver muito a fim de
dar umas pedaladas, pretendo manter (ainda não tenho certeza) meu rolo e minha
bike de treinos para pedalar aqui em casa mesmo.
Quando estiver muito a fim de
correr, correrei.
Acho que, por enquanto, é isso.
3AV
Marco Cyrino
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