Já escrevi sobre tantos temas no Blog que,
provavelmente, até devo ter abordado este, porém de forma diferente.
Talvez apenas como um Relato de Prova, ou outro
tema que se relacionou com este.
Desta vez, o enfoque será outro.
Perdoem pela eventual recorrência de temas.
Vamos lá...
Antigamente...
O Troféu Brasil tinha suas
provas de Profissionais Masculino e Feminino, Elite e Short.
A categoria Elite era apenas
para Amadores que obtivessem determinados índices (tempos nas provas de Short),
os quais eu não tinha a menor possibilidade de alcançar.
Os participantes da Elite
faziam a Distância Olímpica.
Meus resultados no Short
eram suficientes para me contentar, mas não para que eu me esforçasse para um
melhor desempenho, face à diferença em relação aos demais da categoria.
Tipo assim... Eu fazia Triathlon
(e ainda faço) apenas para mim.
Mas, não tinha nenhum
empenho em treinar especificamente para o Triathlon.
Daí, em
2007...
O Núbio resolveu abrir a
Elite ou Olímpico para todos.
Porém, em cada etapa da
prova (natação, ciclismo e corrida), havia um tempo determinado para que o
atleta completasse. Caso contrário, seria retirado da prova.
Essa prova, no meu caso, foi
o divisor de águas.
Então, me inscrevi, treinei
como um louco, sem assessoria, sem equipamentos adequados, sem pourra nenhuma.
Eu estava entrando na
Categoria 50/54.
Meus objetivos eram:
1º - Terminar a prova dentro
dos tempos programados.
Já havia feito algumas
provas do Internacional de Santos (Olímpicos), porém, nem de longe minhas
parciais correspondiam aos tempos de corte.
2º - Não ser o último de
todos - aquele que vem com a moto da organização comboiando e, atrás dela, os
staffs retirando os cavaletes, cones, etc.
Fiz a
prova e...
Acabei a natação dentro do
tempo.
Acabei a primeira volta do
ciclismo (que era limitador de corte também) dentro do tempo.
Acabei o ciclismo, inteiro,
dentro do tempo.
A corrida foi na base do
phoda-se...
Era um circuito de duas
voltas de corrida, como ainda é hoje.
Portanto, na primeira volta,
a gente não sabe quem está à frente ou atrás.
Na segunda volta vem a
certeza... que está atrás, está atrás... kkk
Depois de fazer o retorno
para os últimos 2,5 km de corrida, comecei a nem me preocupar com o meu tempo,
e sim ver se tinha alguém ainda indo para o retorno.
Contei 1, 2, 3, 4, 5, 6,
7... 10...
Parei de contar e abri um
sorriso que não cabia na cara.
Principalmente porque a
maior parte dos que estavam atrás eram bem mais novos do que eu.
Acabei a prova e fui confraternizar com a Neuza e meus familiares, que me esperavam na linha de chegada.... depois, tomar uma ducha e arrumar minhas coisas para irmos embora.
Estava satisfeitíssimo com
minha a performance.
Pourra! Concluí uma prova na
Categoria Elite Amador.
A Neuza, sempre ela, me
convenceu a ficar para ver a premiação.
Eu nem tinha intenção,
acostumado que estava com as minhas colocações.
Quando chegou a premiação da
minha categoria, o locutor falou:
- Em segundo lugar, Fulano
de Tal
(Sinceramente, que o segundo
colocado me perdoe por não lembrar seu nome. Ainda vou procurar os resultados
desse ano, para lhe dar os créditos).
Pensei e falei para Neuza,
meu irmão e minha cunhada:
- Xiiii...... Deu ruim..... Devo
ter extrapolado o tempo de alguma etapa.... (embora, na minha cabeça, soubesse
que não)... rambóra...
Aí o locutor me interrompeu....
kkkk..... dizendo:
- E o grande campeão é Marco
Antonio Pinheiro Cyrino.
Quase caí de cara no chão.
Imaginem minha alegria.
Indo para os finalmentes...
Essa prova foi o divisor de
águas, porque, a partir dela, comecei a levar o Triathlon a sério, inclusive passando a procurar assessorias técnico-esportiva, nutricional e as demais necessárias.
Qualquer hora conto mais
sobre minha trajetória de surfista e futebolista para Biathleta, Triathleta de Shorts,
de Olímpicos, de Long Distance, de Ironman, etc.
Mas, o que apenas meus
próximos sabem... e isto não poderia deixar de dizer aqui, é que, talvez, o
maior responsável seja o Joachim Doeding.
Sim, ele mesmo, um ultra,
mega, hiper campeão.
Se alguém quiser saber mais
sobre ele, que pesquise.
O Cara é simplesmente o
Cara.
E ele estava nessa prova, na
minha categoria, e iria ganhar com um pé atrás.
Só que algum fiscal deu um
amarelo pra ele e depois o desclassificou por um suposto xingamento.
Sinceramente e, sem querer
depreciar algum fiscal de prova, eu nunca daria um amarelo para o Joachim,
achando que ele estivesse no vácuo de alguém... Um cara que, em provas de Long
Distance, pedala para 40 km/h de média...
E eu, na época, não sabia
nada sobre quem era quem, nem sabia quantos e quais estavam em minha categoria.
Só sei que o Joachim fez
muito bem em xingar o fiscal.....kkkkk
Talvez, se isso não tivesse acontecido,
eu não houvesse feito o que já fiz.
Daí o tema Empurrões
do destino.
Aloha !
3AV
Marco Cyrino