terça-feira, 5 de setembro de 2017

Troféu Brasil - Setembro/2017 - Relato - Fotos e pensamentos


RELATO

Troféu Brasil – Distância Olímpica.

Bem difícil sair do ritmo de Ironman para esta distância.
Recuperar velocidade. Sair do modo cruzeiro e ir para o modo pau-no-gato.

Toda prova é dura. Independente da distância. Se é longa, é dura por si só. Se é mais curta, é dura pela intensidade.
Isso é muito bom.


Natação
Nesta etapa, o mar estava bem chatinho. Volumoso. Sem ondas no local da prova, mas a gente se sente como um palito ao sabor das correntezas. Fracas, mas correntezas.
Água bem fria para o padrão de Santos.
Distância da natação bem adequada. Certeza de ter pelo menos os 1.500m.

Nadei o mais tranqüilo possível, para não passar nenhum perrengue. Não foi nenhuma maravilha. Mas foi do jeito que eu queria. Sussa.

Saí do mar como queria, ou seja, sem stress e com a FC bem baixa.


Ciclismo
O pedal foi naquele percurso que não deveria ser, de acordo com o publicado pela organização.
O prometido era o percurso de 2 voltas, com a extensão dele pela Av. Perimetral.
No simpósio, o Nubio me disse que não foi possível porque os órgãos públicos não conseguiram implantar a contenção de caminhões para liberar a avenida.
Prometeu que, para as 2 últimas etapas, será nesse formato que não foi.
A ver...

Percurso travadinho, de 4 voltas de 10 km cada. Honestíssimo. Ao final da etapa, ao pegar minha bike na transição, chequei a distância: 40,33 km.
O tempo vai lá pra cima. Não no caso dos ETs que pedalam pra mais de 40 km/h. No caso dos simples mortais, o tempo sobe bastante com as retomadas de velocidade.
Fora as coxas inchadas para correr. Mas, como sempre falo, é pra um, é pra todos.


Corrida
Corrida sem maiores problemas. Corri melhor do que esperava e pior do que podia.
Ao final, uma sensação estranha.

Campeão da categoria MV (Muito Velho) 60/64A

Vamos às Fotos e depois aos Pensamentos...



FOTOS

(Clique em qualquer foto, para ver em tamanho original)

1-Tradicional, antes da largada

2-Tô por aí

3-Largou

4-Primeira volta

5-Final natação

6-Uma duchinha, antes do pedal

7-Em uma das 4 voltas

8-Final do pedal

9-Bóra correr

10-Finalizando a primeira volta

11-Vamos acabar logo com isso

12-Cabô

13-Campeão, com pódio quase vazio

14-Feliz que nem pinto no lixo

15-Saúde

16-Troféu - Medalha



PENSAMENTOS

Triste por ver uma prova tão tradicional muito esvaziada.
Fazendo uma conta rápida, acho que não havia mais do que 250 atletas, contando Short e Olímpico.
Numa breve conversa com meu amigo Rubão, pela rede social, me veio à mente uma porrada de pensamentos a respeito disso.

Muitos criticam os organizadores pelo preço praticado, inclusive este aqui, que está pensando.
Não me julgo capacitado para fazer isso mais profundamente.
Penso que um cara que, há mais de 25 anos, organiza um campeonato como o TB e mais o Internacional de Santos tem know-how suficiente para saber o que está fazendo.

Como empresário bem sucedido que fui por um período um pouco maior, penso que, no lugar dele, eu optaria por reduzir bastante o valor das inscrições.
Fato é que, com menos atletas e preços altos, provavelmente a lucratividade é a mesma.
Porém, com preços baixos e muitos atletas, isso poderia atrair patrocinadores.
Mas, são apenas pensamentos.

Mesmo em minha vida de empresário bem sucedido, errei muito. E paguei um alto preço por isso. Mas tive que me reinventar.

Como reclamar de preços, se um Ironman em Floripa, cobrando US$ 800,00 mais taxas, ou R$ 3.000,00 mais taxas, demora mas preenche todas as 2.500 vagas ?

Triathleta é um bicho estranho.
Presenciei alguns atletas, na feirinha (feirinha mesmo) do TB, pagando uns R$ 800,00 num tênis Hoka.
R$ 1.750,00 num capacete.
R$ 300,00 num top.

Fora os que usam sapatilhas de um barão, roupas de 2 barões e bikes de 60 barões. É... na linguagem antiga, "barão" é mil reais.

Vocês não leram errado, não.
Vou soletrar: B + A + I + Q + U + E = Bike de R$ 60.000,00 (sessenta mil Reais).

Nada contra. Se o cara pode e isso o deixa feliz, táca-le pau.
Mas, às vezes, esse mesmo cara acha caríssimo pagar, digamos, uns R$ 200,00 para um treinador (coach) que vai dedicar todo o seu conhecimento adquirido em anos e anos de estudo e aperfeiçoamento de conhecimento, para tentar fazer do cara da bike de 60 paus um melhor atleta.

Imagino que, caso um dia acabe o TB, muitos dos que o recriminam vão choramingar.

Gostaria eu de ter competência para poder criticar quem organiza provas, sejam elas apenas de corrida, natação ou ciclismo, ou tudo junto e misturado.
Como não tenho, prefiro criticar naquilo que me cabe como atleta.

Antes que me recriminem...
Não, não tenho procuração para defender o Núbio, nem ninguém.
São apenas pensamentos... dos quais também me questiono.
Um pouco triste, mas sempre otimista.


ALOHA!

Próximo desafio... INSANO – GUARATUBA - PR


3AV
Marco Cyrino


2 comentários:

  1. Parabéns Marcão! Eu concordo com vc sobre o TB e também não tenho competência pra criticar mas acho que poderia tentar alguns modelos diferentes pra se reinventar. O que me deixou mais surpreso foi a gatorade deixar de patrocinar o TB depois de mais de 20 anos... fiquei triste e preocupado! Outra coisa que poderia dizer inusitado foi a pesquisa de satisfação enviada pelo Nubio que eu acho legal mas ele recebe vários feedbacks e sugestões a anos e poucas mudanças aconteceram... eu só não gostaria que acabasse o TB! ��

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    1. Concordamos em tudo, Matte. Inclusive sobre a pesquisa e os feed-backs.
      Torcendo...
      Ah...e parabéns pela tua prova.

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