Quem me conhece há muito tempo sabe que nunca fui afeito a aparatos demasiadamente tecnológicos, embora reconheça o valor deles.
No futebol não há muito
que dizer, pois qualquer tênis, calção, camiseta serviam. Isso quando necessário,
porque na praia era apenas com calção mesmo.
No surf, até hoje, minha
6’0” não é da linhagem internacional, embora seja de uma marca de renome.
Isso hoje, porque na maior
parte da minha vida foram pranchas de 2ª, 3ª, 4ª mãos.
No Triathlon, comecei correndo
descalço (vejam as fotos aqui), bike
emprestada (fotos abaixo), capacete de
doce (de plástico, um mero enfeite), sunga e camiseta.
Bike emprestada, com seu legítimo dono, Felipe Cidral – Kokimbos
Bike emprestada, com rodas atuais, de competição.
Na época eram
rodas normais.
Para ficar apenas no Triathlon...
Aos
poucos fui evoluindo.
Comprei
minhas primeiras bikes para o esporte, de 2ª mão também (fotos
abaixo).
Comprei
meus primeiros tênis para correr (valeu
aí, Edney Batista... deixei de ser chamado de "pé-de-pedra").
Usei
pela primeira vez um Top com sunga para Triathlon.
Um
capacete bom, no quesito segurança.
Penei
para me convencer e me adaptar a utilizar sapatilhas na bike.
Penei
também a me adaptar aos selins, relógios, posição aero, etc.
Até
que me adeqüei às roupas e demais equipamentos e acessórios que auxiliam no
esporte.
Confesso
que usei muita coisa sem nenhuma comprovação científica, muito mais por
influência do que por convicção.
Ah...
tenho a bike que queria (Cervélo P3) comprada zerada (foto
abaixo).
Apanhei
muito com os tênis, até chegar ao(s) modelo(s) mais apropriados ao meu perfil e
necessidades. Por incrível que pareça, são aqueles com nem tanta tecnologia,
como amortecimentos enormes.
Apanhei
com selins competitivos, que não me permitiam pedalar com o mínimo de conforto
por 40 km, quanto mais por 180 km. E me achei no Specialized Sitero (fotos abaixo)
Usei
capacete aero que quase me fritou o cérebro por falta de ventilação e devo ter
ganho 1 (um) segundo numa prova olímpica, saindo pra correr com os miolos
fervendo.
Investi
em aparelhos GPS para bike, que me faziam perder o foco do treino, querendo
monitorar altimetria entre outras coisas, além de me deixar puto toda vez que
tinha de baixar atualizações, toda vez que perdia o sinal e toda vez que eu
fazia merda querendo mexer no danado.
Usei
polainas e meias de compressão, até perceber que, no meu caso, só perdia tempo
e dinheiro.
Fiquei
tentado a investir num Power Meter (Medidor de Potência), mas desisti.
Hoje em dia, apenas para falar o
básico, faço o seguinte...
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Uso uma excelente bike, depois de penar com bikes bonitas que não eram ou
estavam adequadas a mim.
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Uso ótimos tênis, de preços acessíveis, após ter tido muitos problemas com
tênis errados para a minha pisada e para a minha fisiologia de corrida.
Agradeço pela assessoria do Rodrigo Roehniss, que me mostrou o caminho correto.
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Uso um ótimo selim, novamente para o meu caso. Grande dica do Fernando Rocha.
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Voltei ao bom e velho velocímetro de bike, no meu caso Cateye.
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Uso GPS sim. Mas só para treinar corrida. O velho Garmin Forerunner 310xt, do
qual já troquei duas vezes a pulseira... por pulseiras de camelô.
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Uso sim roupas apropriadas, tipo macacão, ou bermuda com compressão adequada,
viseiras, óculos, etc.
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Ainda penso no Power Meter porque sei exatamente sua eficácia. O problema aí é
comigo.
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Sapatilhas boas... confortáveis e de fácil calçamento.
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Invisto em local adequado de treinamento, sem que os fatores primordiais sejam
a distância e/ou o preço, mas sim a qualidade.
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Invisto em fisioterapeuta confiável, para dizer o mínimo.
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Invisto em fits (bike fit, principalmente).
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Invisto em check-ups e consultas clínicas e médicas necessárias.
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E, por último, invisto em coachs
(Silvão e André – Triathlon e musculação, respectivamente) nos quais eu possa
depositar toda a confiança.
Evito divulgar mais
marcas. (Bom... a não ser que role um patrô... kkkkkkk)
Recomendo que não sigam
pelo caminho da moda ou do poder aquisitivo.
Como em tudo na vida,
recomendo que pensem, avaliem, aceitem sim sugestões, questionem e testem essas
sugestões e sejam felizes e saudáveis.
Errei e vou errar muito.
Hoje menos que ontem. Muito por ignorância, algumas vezes por soberba. Não
caiam nesse erro.
3AV
Marco Cyrino