Nadar, pedalar, ou correr?
Nadar e pedalar, ou nadar e correr?
Ou, ainda, pedalar e correr?
Isoladamente, cada uma das modalidades do Triathlon
já é tremendamente difícil em nível competitivo.
Em dupla, então, tipo nadar e correr (Biathlon), o
bicho pega.
Agora, o problema mesmo é a mistureba.
Nadar, correr para a transição, tirar roupa de
borracha (quando se usa), touca, óculos de natação, colocar capacete, óculos,
número, sapatilhas (opção de deixá-las no pedal para calçá-las pedalando),
correr com a bicicleta ao lado, até a faixa de montar (tudo isso com a FC lá em
cima), finalmente começar a pedalar, achar o ritmo, pensar na estratégia de
hidratação/alimentação (dependendo do tipo de prova), executar essa estratégia,
completar o percurso sem estar morto para a próxima etapa, descalçar as
sapatilhas, desmontar da bike no local adequado, correr com a bike ao lado, até
seu lugar na transição, tirar capacete, colocar meias (ou não), calçar tênis
(ou não... kkkk), colocar número (se for o caso), pegar nutrição (se for o
caso), sair para correr (?), tentar fazer uma corrida decente.... Ufa!!!
Ainda cortei uma meia dúzia de coisas que podem ou
não ser feitas.
Eu diria que, no Triathlon, levamos um bom tempo
para descobrir onde, quando e o que podemos fazer, e com que intensidade
durante uma prova.
Estou, evidentemente, levando em consideração os
iniciantes ou os apenas "iniciados".
Cansei de ver bons nadadores de piscina se perderem
ao nadar tendo que navegar ao mesmo tempo, sem uma raia desenhada ao fundo ou,
ainda, nadarem muito bem, mas, literalmente, saírem do mar afogados, como se não
fossem ter que pedalar e correr.
Também já vi exímios ciclistas descerem de suas
bikes em primeiro lugar em suas categorias, e terminarem a prova em enésimo
lugar.
O problema é a mistureba, mas o segredo também é
saber lidar com a mistureba.
À medida que vamos adquirindo experiência, vamos
acertando aos poucos todos os itens acima.
E depois de chegarmos ao ápice, ou seja, acertarmos
tudo, vemos que ainda há muito a ser trabalhado para melhorar a performance.
Isso faz com que nos empenhemos cada vez mais.
Daí começamos a incluir em nosso treinamento (que
nessa fase já passa do nadar, pedalar, correr) os treinos de alongamento, core,
reforço muscular, Pilates, etc. Além, claro, de procurar os melhores
suplementos, médicos, equipamentos, etc.
Daí, um dia, chegamos à conclusão de que tudo isso
junto (a mistureba) não é exatamente necessário, e começamos a voltar a um
estágio inicial.
Tipo, alimentação boa que pode eliminar ou diminuir
muitos suplementos. Boa saúde e bons treinos que suprimem a extrema necessidade
de gastar em equipamentos caríssimos.
Vamos modulando, até encontrar o ponto ideal.
E o ponto ideal é aquele em que a mistureba de tudo
deixa de ser problema e passa a ser prazer naquilo que fazemos.
Falei tudo e não falei p.... nenhuma.
Mas o importante é que fiz uma mistureba.
Aloha!
3AV
Marco Cyrino
Mistureba foi viajar nesse texto "à la Jack Daniels" ! kkk
ResponderExcluirFala a verdade...quantas vezes a gente pensa dessa forma ?
Excluir