terça-feira, 27 de outubro de 2015

Troféu Brasil 2015 - 5ª Etapa - Santos - Relato e fotos

Estava bem confiante em fazer uma boa prova.
Finalmente, vinha de um período razoável de treinos sólidos, sem nenhuma lesão ou problema mais sério.

Comecei a treinar com o Silvão (SMAERun) há pouco mais de dois meses.
Aproveito aqui para agradecer sinceramente e publicamente o longo tempo de parceria que tive com Ivan Yague (desde 2007).

No sábado, como sempre, foi difícil conseguir dormir cedo, mas isso é normal.
Para quem tem o hábito de dormir por volta da meia-noite ou mais, é difícil conseguir ter sono cedo.
Mesmo assim, acordei bem disposto e fui, debaixo de uma chuva chata, pedalando para a transição.

Chegando lá, estranhei a pouca quantidade de atletas (somando Short e Olímpico).
Muitos atletas reclamam de preço. Só se for. Porque de resto não tenho críticas.

Brinquei com os vários conhecidos que lá estavam como atletas ou não, e fui me preparando, tomando um mel, hidratando, colocando roupa de borracha etc.


(Clique em qualquer imagem, para ver em tamanho original)

1-Selfie tradicional

2-Com Cezar, debutando no olímpico e rumo ao Ironman

3-Melzinho na chupeta

4-Walter Lemmy, da mesma categoria

5-Ricardo Saldanha

6-Zuando o Maluf, ainda afastado das provas

7-Cezar


Depois, como de praxe, uma alongada na carcaça, entrar no mar para ver as condições de temperatura e correnteza, etc.

8-Alongando um pouco

9-Veteranos


Havia um pouco de correnteza para a esquerda (maré enchendo), o que facilitava a ida da primeira para a segunda bóia, mas dificultava a ida para a primeira e a volta para a praia. Mas, nada muito forte.

Fomos para o curral de largada... me concentrei, pedi proteção, agradeci por poder estar mais uma vez em uma largada e....fuóóóóóó.


10-Concentração

11-Corrida para o mar


Natação
Larguei pela direita e fiz uma natação tranqüila nas duas voltas, acertando sem maiores problemas a navegação.
Tinha bastante água, viu?
Tanto que também achei meio alto o tempo dos profissionais na natação.
No meu caso específico, foi bom porque consegui sair bem na categoria.

12-Primeira volta

13-Segunda volta


Ciclismo
Primeira missão cumprida, vamos à segunda: pedal.
O circuito desta vez estava, do meu ponto de vista, perfeito.
Até mesmo o cruzamento da via férrea, na perimetral, estava muito mais seguro.
A organização melhorou muito o trecho, com vários staffs sinalizando e colocando alguns “enchimentos” nos vãos, cobrindo inclusive a parte lateral de paralelepípedos.
Esse circuito só perde em qualidade para o do Internacional de Santos, que é na Via Anchieta. Claro, na minha opinião.

Pedalei de forma razoável, sem forçar ao extremo, mas também sem aliviar em nenhum momento.
Na segunda volta, arreou um molho junto com um vento chato pra dedéu.
Mas, tanto a chuva quanto o vento são para todos.

14-Terminando primeira volta

15-Chegando do pedal

16-Alguém avisa minhas pernas que agora é corrida

17-Ô dureza


Corrida
Segunda missão cumprida... hora de correr.
Consegui manter um ritmo bom de corrida, como esperava.
No início da segunda volta, uma dor no músculo da coxa esquerda, logo acima do joelho, me preocupou. Mas percebia que era como câimbra prestes a aparecer.
Cheguei a dar umas 3 paradas bem rápidas para “tuchar” o dedão nesse músculo. Aí conseguia manter mais uma distância sem dor.

18-Bóra

19-Última volta

20-Cara de contentamento... tava acabando

21-Cabô


Premiação
Assim que cheguei, entreguei o chip, peguei a medalha e.... câimbras... muito fortes... no adutor da outra perna.
Acho que, sem perceber, acabei sobrecarregando a perna direita, como forma de “proteger” a esquerda que estava reclamando.
Era engraçado... se eu parasse por um segundo que fosse, as câimbras vinham... nem conseguia alongar... precisei ficar um bom tempo caminhando de um lado para o outro, para não sentir.
Acho que quem via pensava que eu estava ligadão... kkkkk

22-Marvada


Bom, pela minha percepção na prova e pelo que a Neuza falava quando nos cruzávamos, devia ter terminado em segundo, atrás apenas do Ricardo Saldanha, que fez uma puta prova.

Para o meu objetivo de campeonato estaria bom, ótimo, excelente.
Ficamos ali Neuza, Seu Carneirinho e eu, aguardando a premiação.

23-Sempre presentes, Neuza e Carneirinho


Dalí a pouco, a Neuza foi ver se já havia saído a publicação dos resultados e voltou com aquele jeitinho...

- Já saiu o resultado?
- Já.
- Segundo?
- Não.... (pausa)... você ganhou.
- Como assim? E o Ricardo?
- Sei não.

Fui atrás dele, pois o havia visto entrar na transição para catar suas coisas.
Encontrei-o saindo da transição, com sua mulher.

- Ricardo, a Neuza foi ver o resultado e teu nome não está lá.
- Eu sei... tô entrando com recurso.
- Vai logo lá... boa sorte!!!

Bom, não vou entrar no mérito das punições.
Não creio que ele precisasse cometer qualquer infração para se beneficiar.
Até mesmo porque chegou muuuuito na minha frente. E conheço o histórico dele no Triathlon.
Mas, punições acontecem mesmo sem querer.
Eu já fui punido por ultrapassar um atleta pela direita. Isso porque, mesmo eu gritando, o cara não saía da esquerda e a moto com o fiscal, que estava atrás de mim, não fazia nada a não ser assistir.

Bom, a primeira colocação caiu no meu colo.
O que já estava ótimo ainda melhorou, embora tenha ficado realmente chateado com o episódio do Ricardo.

24-Só alegria

25-Troféu


Acho que era isso.
Aloha, bons treinos e até a última etapa, em 13/12/15.

3AV
Marco Cyrino


quarta-feira, 7 de outubro de 2015

10 modos pelos quais você está tornando o Triathlon mais difícil do que precisa ser


Esta é uma versão livre / adaptação para a matéria publicada, no website Ironman.com:

"10 Ways You're Making Triathlon Harder Than it Needs to Be"
por Lisa Dolbear


Vamos ao artigo...


Não complique o esporte que você ama.
Tudo em Triathlon se refere a avançar... nadar, nadar, pedalar, pedalar, esquerda-direita, esquerda-direita, por todo o caminho, até a linha de chegada.

Simples, não?
Nem sempre.

A mente é uma coisa complicada e, embora seja uma das forças mais poderosas da jornada multiesportiva, às vezes ela pode paralisar nossos melhores esforços.

Aqui estão dez maneiras pelas quais você pode estar tornando o Triathlon mais difícil do que precisa ser.


1. Você se compara aos outros
Claro, todos nós tivemos aquele momento em que estamos percorrendo uma rede social e notamos a foto do relógio de um amigo, depois de uma corrida.
Uma olhada no pace por quilômetro e, de repente, sentimos que não estamos no mesmo nível.

Embora um pouco de comparação seja natural e saudável, fazer isso obsessivamente pode realmente ser prejudicial para o seu desempenho.

Enquanto outros esportes quantificam o sucesso com sistemas de marcas e com "o vencedor leva tudo", nós, Triatletas, comemoramos recordes pessoais, medalhas de finisher e rankings de grupos etários.

Procure pelas menores vitórias para validar o seu progresso.


2. Você está muito ocupado #treinando, para treinar
Falando de redes sociais, quanto tempo você gasta até obter o selfie perfeito, antes de realmente sair da zona 1?

Um dos principais obstáculos para Triathletas é encontrar tempo para treinar corretamente. Entretanto, algumas fotos de treinos, nas mídias sociais, me levam a acreditar que tenham sido gastos pelo menos 10 a 20 minutos para o corte, a escolha de filtro e a seleção de hashtag, tempo este que poderia ter sido usado para aquecimento, ou para treino.

(Veja mais sobre este tema, em nosso post Semi-desconectado)


3. Você planeja demais as coisas
Um bom treino não exige muito - basicamente o esforço e a atitude certa.
Tentar acomodar outras coisas dentro de seu treinamento pode criar confusão.

Simplifique a sua programação, removendo as partes da equação que não têm nada a ver com o treino real.
Em vez de imaginar qual a melhor maneira de correr dez quilômetros ao longo de uma rota específica, ou durante o seu período favorito do dia, apenas aproveite a melhor oportunidade de correr dez quilômetros. Ponto!


4. Você está treinando com as pessoas erradas
Quando se trata de parceiros de treino, procure estar com as pessoas mais adequadas a você.

Basicamente, é melhor encontrar pessoas que são "apenas certas" para a sua capacidade e objetivos atléticos.

Você corre o risco de sofrer lesões, se estiver constantemente se esforçando com pessoas que são mais rápidas do que você.

E você não irá desafiar a si mesmo, se passar o seu tempo com pessoas que são mais lentas do que você.

Em ambos os casos, você terá mais dificuldade em alcançar seus objetivos.


5. Você procura problemas
Você está sempre imaginando os piores cenários?
Se não tiver certeza, faça uma avaliação rápida sobre si mesmo, antes do seu próximo treino.

Você quer reunir acessórios para cada tipo possível de tempo?

Você já pesquisou no Google cada "coisinha" que sentiu, da cabeça aos pés, depois do treino de ontem?

Você sente constantemente a necessidade de provar as suas "teorias" sobre porque as coisas não estão indo como planejado?

Você precisa RELAXAR.

Para a maioria de nós, não-profissionais, a abordagem do treinamento é melhor com uma atitude descontraída --- foco no objetivo da sessão de treinamento e preparar o básico para que seja seguro (pneu sobressalente, protetor solar, capacete...) e, então, seguir o fluxo.

A capacidade de enfrentar o desconhecido faz parte de ser um Triathleta bem sucedido.


6. Você dá importância às aparências
Triathlon pode ser um esporte caro, mas não precisa ser.

Quando se trata de equipamentos e gadgets, é fácil ser pego pelo mais recente e melhor. Mas, quando se trata daquilo que torna este esporte verdadeiramente agradável, o "fator aparência" nunca irá substituir o "fator motivação".   

Você não pode comprar paixão e energia motivadora.


7. Você escolhe as provas erradas
O Triathlon tem crescido para incluir uma variedade de distâncias de prova e locais, desde provas "sprint" até provas de Ironman, e desde o seu local atual até locais exóticos.

Quando se trata de sentir-se bem numa pratica multiesportiva, é importante escolher um evento que se adapte à sua capacidade atlética.

Encontre as provas que apresentem terrenos e climas adequados aos seus pontos fortes, e os eventos que você possa gerenciar facilmente quando se trata de preparar os equipamentos e viajar.


8. Você estabelece metas irrealistas
Quando se trata de provas de Ironman, muitos atletas sonham em obter uma vaga para competir em Kona.

Embora abordemos a prova com a mentalidade de que podemos fazer qualquer coisa acontecer, desde que desejemos o suficiente, é preciso ter em mente que obter essas vagas se resume a vários fatores que estão fora de nosso controle

Ritch Viola (Califórnia) venceu a faixa etária M40-44 no Ironman World Championship 2014, e oferece o seguinte conselho aos atletas:

"Quando o canhão disparar, não pense em Kona - pense apenas em fazer a sua prova. Durante o ciclismo e a parte inicial da corrida, não é bom ficar obcecado sobre a sua posição em sua categoria. Concentre-se apenas em você."


9. Você está carregando muita bagagem
Todo mundo tem pelo menos uma história sobre como as coisas foram mal em sua última prova, incluindo problemas de nutrição, prova não terminada, e avarias de gadgets.

Existem mil maneiras de a sua prova ir mal e, para prejudicar a sua disposição, é preciso que apenas uma delas seja plantada em seu cérebro.

Deixe sua energia negativa e experiências de fora, e utilize técnicas de visualização para ajudar a acalmar a ansiedade causada pelos seus erros passados.

Pense em sua mente como um espaço apenas destinado a atender às suas necessidades essenciais. Então, deixe a bagagem e embale pensamentos positivos.


10. Você está tornando o esporte muito solitário
Há muito mais no mundo multiesportivo do que a jornada independente de um único atleta.

Para muitos, é a camaradagem que os mantém voltando em busca de mais e mais.

A Triathleta Ironman Cheryl Cook, de Nova York, diz que a conexão que ela sente com outras pessoas neste esporte é impagável.

"Eles são como uma família. Inspira-me quando vejo alguém fazer o seu primeiro trajeto de 100 milhas de ciclismo, ou a sua primeira corrida longa e, em seguida, atravessar a linha de chegada pela primeira vez", diz ela.

A atleta de 35 anos de idade também encontra conforto em seus parceiros de treino.

"Compartilhar a jornada com os amigos torna as lutas mais fáceis de enfrentar."


Lisa Dolbear é 3 vezes Ironman e uma treinadora USAT Nível 1.
Visite o seu blog sobre treinamento de habilidades mentais, em trimojo.com.


Artigo original: Ironman.com

Versão e adaptação: Equipe 3AV


Bons e longevos treinos e provas a todos!

3AV
Marco Cyrino