segunda-feira, 6 de julho de 2015

Troféu Brasil 3ª Etapa - USP - Relatinho & Resultados


Normalmente, costumo postar um relato, após as provas que faço.

Desta vez, após o relato do meu irmão e editor, Alfredo, acrescido das fotos, onde algumas falam por si, sobrou pouca coisa para ser falada.

De importante mesmo foram as presenças de pessoas especiais para mim (meu irmão, cunhada, Silvão).

Quanto à prova em si, foi dura como uma pedra de gelo.
Ou melhor, foi gelada como gelo.

Chegamos à USP com uns 11 a 12 ºC.

Tinha que pegar ainda o meu kit, que gentilmente foi retirado no simpósio pelo grande camarada Anecildo Borges, no sábado, o que me quebrou um galhão, pois eu tinha compromisso e não poderia ir.
Valeu, amigo!

Natação
T zero feita rapidamente, para colocar a roupa de borracha e parar de tremer. Conversas vêm, conversas vão e... hora de experimentar a temperatura da água.

Confesso que não gosto mesmo de nadar na USP.
Motivos: Nado melhor no mar, pois minha técnica é ruim.
Logo, a água salgada, por sua densidade me auxilia.
A água da USP é muito fria, obrigando a usar roupa com mangas, o que me deixa com as braçadas mais curtas, por melhor que seja a roupa.

Otimista que sou, pensei que a temperatura da água pudesse estar acima da temperatura ambiente, o que ajudaria.
Que nada! Não sei a temperatura da água, mas estava gelada de doer a cabeça e arder o rosto quando se soltava o ar dentro dela.

Aqueci o que pude (se é que se pode chamar aquilo de aquecimento) e sai logo para poder ficar um pouquinho no sol (?), antes da largada.

Silvão me apresentou o Dr. Gerson Leite, da Trifosfato, conversei com mais alguns atletas e...os profissionais largaram.

Nossa vez.
Difícil ficar confortável naquela água gelada, esperando a largada parado, viu?
Largou! Agora foi.

Fiz uma natação o mais confortável possível.
Até que, após uns 5 minutos, não sofri muito com o frio.
Nadei tranqüilo e só saí meio zonzo da água, por efeito da temperatura.

Ciclismo
Na T1, apanhei um pouco para tirar a roupa, pois o frio deixa a gente todo travado (mais ainda do que já sou), mas, no final, com a ajuda de um staff, consegui.

Havia deixado um colete corta-vento pendurado no guidão, mas, honestamente, não pensei que iria usar.
Não deu outra... passei a mão no danado, fechei bem no peito e fui.
Quebrou um galhão e não perdi quase tempo nenhum para vesti-lo.

Por vários motivos, não treinei adequadamente para essa prova em nenhuma
das modalidades. Daí pensei que iria "afogar" no pedal.

Comecei em ritmo conservador e, aos poucos, fui pegando ritmo.
Não estava ótimo, mas também não estava mal.

O que estava mal era a condição do circuito.
Muitos trechos com asfalto péssimo, fato que fez inclusive alguns atletas caírem, entre eles o Beto Nitrini.

Os piores trechos eram o retorno dentro da USP (ele todo) e o lado de ida da Av. Politécnica, sentido Jaguaré. Nossa, parecia a Av. Portuária, aqui em Santos.

Dias antes, o Núbio passou um e-mail dizendo que o asfalto dentro da USP estava zerado e que a Prefeitura estaria cuidando do trecho externo (Av. Politécnica).

Depois, fui ver novamente o e-mail e o trecho dentro da USP a que ele se referia era o da corrida.
Bom, a informação era verdadeira, mas o ciclismo foi ruim.

Corrida
De volta à T2, saí para correr com 2 sentimentos:
(1) que poderia alcançar o atleta que estava a minha frente e ...
(2) que sentiria uma lesão no posterior da coxa (que tentei curar, mas parece que eu sabia que ainda estava ali).

Corri um pouco forte os 3 primeiros quilômetros, mas não muito.
Mesmo assim, começou a dor.
Primeiro uma queimação que vai se transformando em algo parecido com câimbra, até que embola tudo e dói muito.

Plano B: tentar pelo menos terminar a prova.

Recebi apoio importante da Neuza, sua sobrinha Ana Paula e principalmente do Silvão, que sugeriu que eu encurtasse bem as passadas, que assim eu terminaria.
Fora isso, senti um apoio enorme do meu irmão e da minha cunhada que, sem falarem nada, mandavam energias positivas para mim.

Fui para a segunda volta sabendo que não alcançaria o primeiro colocado, mas sabendo que terminaria nem que fosse numa perna só.

Acabei conseguindo achar um tamanho de passada que me permitiu terminar a prova, mesmo com alguns momentos de bastante dor.

No final, perto do pórtico, escutei: "Dá-lhe Marcão! Venceu a dor!"
Depois soube que foi meu irmão quem gritou.

"E assim é... mesmo o mais circunspecto irmão se entusiasma..."


Ainda fiquei em segundo lugar na categoria 55/59 Olímpico.
Para minhas pretensões de provas neste ano, ficou bom demais.
Com o resultado pulei para primeiro no ranking do campeonato.

A prova contou com poucos atletas, em comparação aos outros anos.
Claro, sendo a primeira prova pós-Ironman, já era de se esperar.
Mas, nota-se uma queda acentuada, seja por qual motivo for: preço, recessão, época, etc., ou tudo junto.

Parabéns a todos os atletas e, em especial, aos conhecidos da Baixada e de outros lugares:

Marquinhos Fernandes (campeão profissional), Vanessa Gianini, Bruna Mahn e Fernanda Garcia (campeão, vice e 3ª colocada, respectivamente, na profissional feminino), Marcelo Camacho (2º - 35/39 Olímpico), Paolynne Mariusso (19º - 35/39 Olímpico), Beto Nitrini (2º - 40/44 Olímpico), Cláudio Canalonga (6º - 40/44 Olímpico), Dejair Brichesi (2º - 60+ Olímpico), Thomas Galindez (ele mesmo, o filho do hombre, 2º - 17/19 Short), Gelasio Ayres (3º - 50/54 Short), Anecildo Borges (2º - 60/64 Short) e Antonio Andrade Santos (Campeão – 65/69 Short).


Todos os resultados, aqui.


Até 20 de setembro - 4ª Etapa - Santos - se Deus quiser.


3AV
Marco Cyrino


5 comentários:

  1. pessoas especiais e tu esquece da Neuza ??? prepara o advogado !!! huahauahauahu

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    1. Erro de avaliação, meu amigo. A Neuza é outra categoria....kkkkk.

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    2. boa .... se salvou à tempo !!! hauhauahauahu

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  2. ainda assim.......esqueceu a Ana Paula, ela vai ficar triste........

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  3. Foi mal...rsrsrs.
    Mas nas fotos tá todo mundo.

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