Atenção! Este post não é
político, mas sim técnico.
(Clique em
qualquer imagem, para exibição em tamanho original)
Situação em S.Paulo -
Capital
Infelizmente, a Prefeitura de São Paulo "saiu
pintando" faixas vermelhas por toda a cidade, diretamente sobre o asfalto,
quase sempre sem recapeamento específico para a finalidade.
A pintura foi feita sobre as sarjetas (sim, a
largura da pista interna da "ciclovia" inclui a sarjeta) e sobre os
buracos existentes, agora mais difíceis de ver e, portanto, com maior risco de
provocar quedas.
Essas "ciclovias", em sua maioria, foram
"instituídas" simplesmente roubando uma pista de cada rua ou avenida
"premiada", sem observar os necessários critérios
de segurança, tanto para os ciclistas, quanto para os condutores de
veículos motorizados.
Para complicar, os motoristas continuam a
estacionar (agora sobre a "ciclovia") em muitas vias em que isto
"era" permitido, obrigando ciclistas a invadir a pista destinada aos
veículos.
No exemplo abaixo, apresentamos apenas alguns dos
tipos de riscos criados por essas "ciclovias", maioria delas sem
sinalização adequada (para ciclistas e para motoristas), sinalização esta que
deveria incluir placas de informação & advertência, semáforos em
cruzamentos e entroncamentos etc.
Vejamos um exemplo...
Via de acesso à marginal da Av. Politécnica, S. Paulo Capital.
Trata-se de um entroncamento (T) entre duas vias
de mão única.
Até a data de redação deste texto (20.01.2015), não
existiam no local:
- Semáforo.
- Placas
indicando a existência da "ciclovia", para os motoristas que
precisarão "cruzá-la" para ter acesso à marginal da Av. Politécnica.
Risco 1
- O motorista
chega ao entroncamento para entrar à direita na marginal da Av.
Politécnica.
- Normalmente,
sua preocupação seria com o trânsito procedente da sua esquerda.
- Mas, agora
existe também uma "ciclovia" de mão dupla, de modo que, ao
entrar à direita na marginal da Av. Politécnica, o veículo poderá
"topar" com um ciclista vindo à sua direita (na contramão do tráfego
normal) e colidir com ele em diagonal ou mesmo frontalmente.
Esta é uma das "condições
de alto risco" apontadas em nosso post mencionado ao início.
Risco 2
- Ainda, na
pista externa da "ciclovia" (aquela mais distante da calçada) os
ciclistas estarão transitando o tempo todo no sentido contrário ao do
tráfego de veículos, e separados destes por apenas
alguns centímetros representados pelas "tartarugas" refletivas usadas
na "demarcação" da "ciclovia".
Esta é outra das "condições
de alto risco" apontadas em nosso post mencionado ao início.
Risco 3
- Estando na
marginal da Av. Politécnica, para entrar em alguma travessa à direita, o motorista
deverá considerar que essa marginal é preferencial em relação à travessa, de
modo que (como prescreve o Código de Trânsito) ele deverá ocupar a pista mais à
direita e deverá sair dessa via preferencial tão rapidamente quanto possível.
- Mas,
com a existência da "ciclovia" de mão dupla ocupando a pista
mais direita, o motorista precisará (antes de entrar numa travessa à direita) parar
na única pista restante para os demais veículos. Se assim não for, haverá o
risco de colher um ciclista frontalmente (na pista mais externa da "ciclovia"),
ou "espremer" um ciclista que venha pela pista mais interna da "ciclovia".
- Para completar, na própria Av. Politécnica, a "ciclovia"
prossegue sobre a calçada... que, nos
bons tempos, "pertencia" aos pedestres. Sem
comentários...
Vejamos outro exemplo...
Av. Mal. Fiúza de Castro - Hipermercado Extra - Raposo Tavares
Esta via possui mão dupla e dá acesso à Rod. Raposo
Tavares, assim como recebe tráfego proveniente da rodovia.
Os riscos para ciclistas e motoristas são evidentes
e similares aos do tópico anterior.
As fotos dispensam comentários...
Hipermercado
- entrada / saída de veículos, antes da "pintura da "ciclovia".
Visão do
motorista, ao sair do Hipermercado
Vista da "ciclovia"
- sentido bairro
Vista da "ciclovia"
- sentido rodovia
Início /
final da "ciclovia" - entroncamento com a rodovia
Veículos
entrando e saindo do Hipermercado
Piso da
ciclovia + pista interna incorporando a sarjeta
Situação em Santos - SP
Em Santos, apesar do péssimo estado de conservação
de vários trechos das ciclovias, estas foram projetadas e construídas de forma
a causar a menor interferência possível no trânsito, evitando assim colocar a
vida do ciclista em risco.
Já, em São Vicente, vários trechos foram construídos
/ adaptados da forma como vemos acima.
Alguns desses trechos (como o acesso da praia do
Gonzaguinha à do Itararé) já foram desativados.
Resultado: a ciclovia simplesmente acaba, sem que o
ciclista tenha para onde ir.
Ciclovias
Santos x manutenção
(fotos: Silvio Luiz Marques)
Equipe 3AV
*** Por favor, faça login
antes de escrever seu comentário... (problemas do Blogger) ***