Em tempos de final de Copa
do Mundo e, em sendo essa Copa no Brasil, impossível para alguém como eu,
apaixonado por futebol, não falar a respeito, mesmo sendo este um site
primordialmente sobre Triathlon.
Quero falar a respeito de
determinadas lesões que vêm ocorrendo nas partidas, inclusive nas de primeira
linha (Campeonato Brasileiro, Champions League, Libertadores, Mundial de Clubes
e Copa do Mundo de Seleções, inclusive).
A lesão sofrida por Neymar,
conseqüência de uma entrada nada leal do jogador colombiano Camilo Zuñiga,
mostrou que a FIFA já perdeu a hora para adotar medidas cautelares que
minimizem esses eventos.
Cabe dizer que o futebol
tem poucas regras e aquelas que regem as faltas são interpretativas.
A FIFA emite orientações
para os árbitros quanto ao que deve ser interpretado como falta e inclusive quanto
àquilo que deve ser considerado como falta suscetível de punição, seja por cartão
amarelo ou até mesmo expulsão (cartão vermelho).
Antigos carrinhos
Assim
foi há alguns anos com o chamado "carrinho" e principalmente o "carrinho
de frente" (vejam esta matéria interessante: A moral e a ética do carrinho no futebol).
Naquela
época, era comum vermos atletas sofrerem fraturas ou lesões de ligamento
provocadas por esse tipo de jogada.
Com
a orientação de punir os jogadores que a praticam, mesmo que estes não atinjam
o adversário, houve uma diminuição substancial dessas ocorrências.
Atuais cotovelos
Ultimamente,
têm ocorrido um monte de lesões nas regiões da nuca, cabeça (couro cabeludo),
supercílios, pescoço, costas, etc., decorrentes de uma mania que considero
recente dos jogadores:
Ao
subirem para disputar uma bola pelo alto, todos adotam como "forma de
proteção" erguer os braços com os cotovelos à mostra para o adversário.
Por
conta do grande número de lesões, bem como da aceitação desse procedimento por
parte dos juízes, os médicos dos clubes já levam em suas maletas de primeiros
socorros (acreditem...) toucas de natação.
Sim,
toucas de natação para segurar os curativos que cada vez mais se fazem
necessários em um jogo de futebol.
No
meu tempo de jogador (fui melhor jogador de futebol do que sou Triathleta), ao
subir com um adversário para disputar uma bola pelo alto, o máximo que nos
permitíamos era um leve jogo de corpo (com os ombros) visando a deslocar o
oponente no ar, ou uma discreta puxada pela camisa (perto da cintura) para "subir"
mais do que o outro.
Atuais entradas
As
entradas por trás, com um dos jogadores parado e outro vindo pelo alto (a
pretexto de disputar a bola), também têm causado diversas lesões, inclusive a
do próprio Neymar, alijado do resto desta Copa e provavelmente de mais alguns
jogos pelo Barcelona, seu atual clube.
Repetindo, a FIFA já
perdeu a hora de considerar esse tipos de faltas como passíveis de punição para
,conseqüentemente, diminuir a quantidade de lesões.
Simples assim... como o
carrinho.
Comparando punições
Apenas
para não dizer que não falei das flores...
No
caso do "Canibal Luizito Soares", apesar de estar lendo muita coisa a
respeito da punição sofrida por ele, em face da não-punição ao Zuñiga, há que
se entender não existir a menor sombra de dúvida de que a mordida foi intencional.
Apenas
isto já justifica uma punição.
Se
ela foi ou não extremada, já é outra história.
No
caso do Zuñiga, apesar das minhas convicções, resta a ele o beneficio da dúvida,
quanto a ter sido (ou não) intencional.
Abaixo,
algumas imagens apenas ilustrando esse aspecto...
3AV
Marco Cyrino
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