Vamos então à parte II – por enquanto sem fotos recentes
Domingo que vem, dia 22/09, início da primavera, tem Troféu Brasil aqui em Santos.
Largada na Ponta da Praia, em frente ao “Escolática Rosa”,
colégio de grande tradição.
Venho lidando nos últimos tempos com algumas contusões.
Venho lidando nos últimos tempos com algumas contusões.
A mais recente é uma contratura na panturrilha da perna
esquerda que, se Deus quiser, vai sarar até o dia da prova.
Por conta disso meus treinos de corrida têm sido: corre / sente / pára /alonga / manca / botagêlo /vainoAtef / trata /pensaquecura / corredenovo / voltaaoinício.
Meus treinos de bike vão na mesma batida.
Já, os de natação... pelo menos eles, vão que vão.
Vão ficando pra depois...
Vão me mostrando que o condicionamento já era...
Vão me decepcionando...
Vão pra p.... ôps...
Sábado e domingo passados (14 e 15 de setembro), meio que por falta de opção, meu treino foi andar de casa (canal 1) até o canal 6 (uns 4km de ida) em ritmo acelerado e tentando trotar de vez em quando, na ida e na volta.
Chegando ao canal 6, minha meta era nadar algumas vezes até o
“Pirulitinho” (uns 200 e poucos metros de distância na ida) e voltar, na medida
do possível, trotando.
O objetivo era fazer alguma atividade de corrida para não chegar totalmente zerado na prova.
Objetivo da caminhada/corrida = Nota 5.
Mesmo doendo a panturrilha, na verdade um incômodo, fui mais
caminhando do que trotando, e voltei mais trotando do que caminhando.
Objetivo da natação: Nota 1,5.
Além da água gelada, contrastando com a temperatura de mais
de 30ºC ambiente, um cara de SUP (Stand Up Paddle) me avisou que havia águas-vivas mais para o fundo.
Nadei um pouco mais, e vi uma água-viva do tamanho da minha
mão passar muito perto de mim (ou, vai ver que era um saco plástico).
Na mesma “pegada” que estava indo para o “Pirulitinho”, voltei para a praia.
Se já estava ruim nadar na água gelada, sem roupa, imagina
então com o risco de esbarrar numa água-viva.
Saí da água (nos dois dias) e, antes de voltar “trotando” para
o Canal 1, resolvi ir mais um pouco no sentido Ferry-Boat, para ver a evolução da
degradação da praia da Ponta da Praia.
TRISTE. MUITO TRISTE. DEPRIMENTE.
Simplesmente, não há mais praia.
Para aqueles que se deram ao trabalho de ler o post original,
digo que o local desta foto já
está totalmente modificado (como os das demais fotos).
A Prefeitura conseguiu a façanha de criar uma “praia vertical”,
chuchando areia por cima das pedras e escadaria.
No local desta foto, já não existe mais areia.
A mureta do canal 6 está uns 40cm mais alta.
A mureta do canal 3 está aparecendo. Não sei se devido ao enxugamento
de gelo (retirada mecânica de areia pela Prefeitura), ou se o fenômeno já está
chegando a esse canal.
Além disso, entre os canais 3 e 4, nota-se uma imensidão de
areia depositada entre a calçada e a beira-mar.
Enxuga-gelo, dunas, dragagem
Enxuga-gelo, dunas, dragagem
Entre os canais 2 e 3, além da mesma imensidão de areia, a
Prefeitura também inaugurou outra atração turística juntamente com a praia
vertical: as dunas.
Agora, Santos não deve nada às praias do Nordeste e às de Floripa (Joaquina por exemplo).
Já temos nossas dunas.
Claro que essas dunas devem ser resultantes das intervenções
“enxuga-gelo”.
Tira areia das bordas e de dentro dos canais e deposita entre os mesmos.
Tira areia das bordas e de dentro dos canais e deposita entre os mesmos.
Com todo o respeito aos comentários feitos por ocasião da primeira publicação, continuo não acreditando que isso se deva à dragagem do porto.
Alguns podem achar que estou falando em defesa própria, por
trabalhar em Despacho Aduaneiro, atividade que tem tudo a ver com o Porto de
Santos.
Ledo engano e não vou me estender a respeito, até porque já
estou em final de carreira nessa atividade... rsrsrs.
Simplesmente não é possível (na minha humilde opinião) que a
dragagem do porto, que ocorre desde os primórdios, por volta de 1900, seja
a responsável pela retirada de areia de apenas uma das margens.
Além disso, essa dragagem, cuja lama é jogada em alto mar,
não acarretaria o efeito de assoreamento das praias mais próximas ao Canal 1.
De onde vem a areia que assoreia essas praias, senão da Ponta
da Praia?
No Canal 6, o degrau dos jardins para a areia já deve ter mais de 1 metro de altura (não levando em consideração as intervenções humanas para diminuir esse efeito).
Já, entre os Canais 1 e 2, o degrau dos jardins para a areia não existe praticamente.
Na época da primeira postagem, ouvimos dizer que oceanógrafos
da USP haviam sido contratados ou requisitados para uma melhor avaliação do
problema.
Cacete!!! Cadê ???
Nenhuma notícia a respeito.
Dando uma olhada na Praia do Gonzaguinha, concluí que os mesmos efeitos que ocorrem aqui ocorrem lá, claro, em menor dimensão.
Coincidência?
Lá existem 2 quebra-mares menores.
Infelizmente não tirei fotos, mas não há pressa.
A merda está acontecendo e a qualquer momento qualquer um pode ir lá ver.
Oportunamente postarei mais fotos.
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