Sempre a
mesma coisa...
Caraca!
Não
há uma prova que eu acompanhe, em que não haja reclamações sobre a
fiscalização.
-
"Fui penalizado por vácuo, mas não estava... nunca fiz isso... porque
faria agora!"
-
"Pô... levei um pelotão a prova inteira e, quando chegou em determinado
ponto em que eu havia recuado, passou uma moto e me deu cartão amarelo!"
-
"C.....o..., que m...a, vai tomar no c. , bando de sanguessugas... todo
mundo andando no pelotão e eu fazendo a maior força... depois, saem todos para
correr levezinhos e eu todo travado... e ninguém penaliza esses caras!"
-
"O cara literalmente cortou o percurso e chegou na minha frente... e
ninguém viu! Fui pedir revisão e, depois de muito tempo a organização me respondeu
dizendo que as papeletas estavam marcando o percurso correto do atleta...
Mas
eu vi! Juro!"
E
por aí vai...
Causos...
Pela
direita
Entre
indignado e perplexo, já tomei cartão que considerei injusto... por
ultrapassagem pela direita, pois a atleta (sim, a atleta) se mantinha à
direita e não havia quem a tirasse de lá...
E
a moto da fiscalização me comboiando, vendo e ouvindo tudo, não tomando nenhuma
atitude, e me dando cartão amarelo quando a ultrapassei pela direita.
Fico
me perguntando quem tem razão.
Claro
que não dá para acreditar em todos os atletas (quanto a mim, acreditar em mim me
basta).
Mas,
que atitude se toma para diminuir ou acabar com isso?
Bóia
cortada
Recentemente,
ouvi um relato de um atleta que foi eliminado do Ironman Brasil por,
supostamente, não ter contornado a 3ª bóia.
Em
2009, em meu 1º Ironman, numa situação muito sui generis devido às
condições climáticas, a 2ª bóia se soltou, e vi uma porrada de atletas
desistindo de contorná-la e voltando para a praia para continuar na prova,
embora alguns fiscais de caiaque os ameaçassem de desclassificação.
Ninguém
foi desclassificado, mas eu nadei até onde a 2ª bóia tinha sido arrastada pelos
ventos e correnteza.
O
atleta mencionado (o que foi eliminado) estava pau da vida, relatando quantas
provas de Ironman já fez, seus tempos de natação nas outras provas, comparados
com o tempo daquela em que foi desclassificado.
Questionava
como o fiscal que o tinha penalizado poderia ter certeza de que ele havia "cortado"
a 3ª bóia, se os números da touca de natação são pequenos.
Aproveito
para comentar que os números marcados no corpo são insignificantes, pois
normalmente nadamos com roupas de borracha cobrindo pernas e braços.
Enfim,
uma balbúrdia.
Em
quem acreditar?
Mau-caráter
prevalecendo...
Eu
mesmo já participei de provas em que alguns indivíduos de mau-caráter (sim,
mau-caráter, pois isso expõe bem a personalidade do indivíduo) simplesmente
cortavam percurso, pegavam vácuo, utilizavam ajuda externa... e tudo o mais que
os regulamentos não permitem, para auferirem bons resultados.
Quais
provas?
Quem
são ou foram tais pessoas de mau-caráter?
Ah!
Vocês sabem!
Houve
até um pangaré que fez um percurso de 2 voltas de bike na distância olímpica
(20km cada) e chegou com média de mais de 40km/h e ainda tirou onda no pódio (o
cara não conseguiu ganhar e ficou em segundo) dizendo que nós, que ficamos
atrás, precisávamos treinar mais... que o forte dele era a bike... que isso... que
aquilo.
Isto,
na época, na categoria M50/54.
Um
atleta foi lá e conferiu o Cateye do cara... 24km rodados.
E
ainda tivemos que ouvir pagação de sapo do cara!
É
mole?
Na
etapa seguinte, antes da largada, o mesmo atleta que conferiu o Cateye do
sujeito com 24km rodados, chegou nele e falou:
-
"Camaradinha... na última etapa você pedalou pra 40km/h e tirou onda da
gente no pódio...
Vem
cá... quero te apresentar um cara...
Joachim,
este aqui é (Fulano de Tal).
Ele
é f...a. Vai te acompanhar no pedal pra 40km/h."
Adivinhem
o que aconteceu.
O
cara abandonou a prova com 2km de pedal percorridos e nunca mais o vi em
competições das quais participo.
O que
fazer?
Confiar
em quem?
As
organizações sempre dizem que estão corretas.
Os
atletas dizem o mesmo.
Hoje,
conversando com a Neuza sobre os últimos acontecimentos (principalmente do TB e
do Ironman Brasil), ela me falou:
-
"Porque não filmam ?"
Cacete!
Como sou burro!!!
Porque
não pensei nisso antes?
Refazendo
o pensamento:
-
"Como ela é inteligente!"
Re-refazendo
o pensamento (desta vez de forma definitiva):
-
"Como são incompetentes!"
Porra!
É tão fácil, que dá vergonha de falar.
Quanto
custa hoje uma câmera digital de vídeo?
Muuuuuuuuito
menos do que se gasta com vários staffs (que não são 100% confiáveis, pelo
menos não na execução e sim na disposição).
Muito
menos do que se gasta com prejuízos morais, questionamentos, etc. de quem
reclama.
Fiscais
com câmeras digitais, que filmem as infrações.
Não
me façam elaborar sobre os custos que isso geraria, face à credibilidade que a
organização ganharia.
PelamôrdeDeus
!
Inclusive
na etapa de natação.
Tudo
muito fácil.
Um
fiscal para fiscalizar os retornos, em vez de 2 ou vários perguntando o teu número.
O
fiscal fiscalizará as câmeras que, em havendo contestação, registrarão se
determinado atleta fez mesmo o retorno, ou se cortou caminho.
No
ciclismo, fiscais com câmeras em seus capacetes, registrando verdadeiramente a
situação em que o atleta foi penalizado ou em que acusou um pelotão de vácuo.
Já
vi (sim... vi) fiscais aliviando em pelotões com determinados atletas no
vácuo, e depois que esses atletas, digo, pessoas de mau-caráter, saíam do
pelotão, lascavam cartões amarelos a torto e a direito.
Fiscais
com câmeras em jet-skis, pranchões, caiaques, etc.
Tudo
gravado, registrado e arquivado, como é no mundo on-line de hoje em dia.
No meu tempo o fio do
bigode valia mais que qualquer coisa...
Se isto for aplicado,
queria ver simplesmente uma coisa: QUEM É QUEM?
3AV
Marco Cyrino
fiscalizar pra que? pra esvziar a prova ?
ResponderExcluirEsquece, organazadores de prova são empresários qe visam lucros ...
Um para de competir de raiva, entram vinte no lugar.
Não vai mudar.
Talvez, Silvão.
ExcluirMas concorda que seria um prazer participar de provas onde houvessem registros de imagem para comprovar as punições ou a falta delas ?
Queria muito ver os "malandros" participarem dessas provas sem poderem praticar suas malandragens.
Ainda acredito que os organizadores (talvez não todos) são pessoas que querem sim obter lucros (acho que todos que trabalhamos almejamos isso) mas que também almejam um esporte limpo.