C’est fini, game over, the end, cabô!
Londres já é passado.
Entrou para a história.
Jogos Olímpicos, agora, só em 2016, aqui em Terras Brazilis.
Aos que fizeram o máximo
Parabéns a todos os atletas brasileiros que representaram com dignidade seus respectivos esportes, havendo ou não conquistado medalhas.
Alguns não o fizeram.
Parabéns especiais aos três Maratonistas, à atleta do Pentlaton Moderno, e aos Triathletas, que fizeram o máximo que puderam.
As análises
Não vou abordar aspectos estruturais do esporte no Brasil, até porque muitos já o fizeram com bastante propriedade, inclusive o Max e o Ciro Violin.
Também não vou entrar nas análises tolas de especialistas, em estatísticas que insistem em comparar o desempenho do Brasil por suas proporções em renda per capita, população, dimensão geográfica, e outros tantos fatores.
Ora, para crer que essas comparações sejam corretas, teríamos então de achar que a Índia deveria ser a campeã, pela sua quantidade de habitantes... ou os Emirados Árabes, pela sua riqueza, e assim por diante.
Já dizia meu professor de Ciências Contábeis que, pela estatística, poderíamos dormir com a cabeça no forno e os pés no congelador, pois nossa temperatura média estaria boa.
Como chegamos
Chegamos atrás de países que entendemos serem “piores” do que o nosso, em algum sentido.
Mas também chegamos à frente de países como Dinamarca, Polônia, Suíça, Noruega, Canadá, Argentina (hahaha! desculpem, não resisti), Bélgica, Portugal, etc.
Será que eles (com exceção da Argentina) estão mesmo preocupados por haverem ficado atrás do Brasil?
Bom... Disse que não entraria em comparações, mas acabei entrando.
Postura
Quero mesmo falar é da postura que penso que cada atleta deve ter com relação ao esporte que pratica.
E essa postura deve ser a de fazer o seu melhor.
Simples assim.
Falta de
Pode até ser que em algum outro esporte não tenha ocorrido uma postura adequada, mas nada que se compare ao futebol.
Eu, mais do que ninguém, torci por um ouro.
Como amante desse esporte, torci.
Mas, alguma coisa me dizia que, mesmo se ganhassem, não seriam merecedores.
Descobri o motivo: a postura (ou falta de) desses atletas.
Dois dias antes da final, já éramos campeões, com uma baita influência da própria imprensa que hoje quer o treinador fora da seleção.
Com 30 segundos de jogo, houve a mais clara demonstração de "salto alto".
Deveria constituir uma nova modalidade: “Salto Alto Olímpico”.
Quem viu sabe do que estou falando.
Depois, passou a prevalecer o individualismo, onde cada atleta parece estar jogando por si.
Se assim querem, devem procurar realmente um esporte individual para praticarem.
Futebol, Basquetebol, Voleibol são esportes COLETIVOS.
Ninguém ganha nada nesses esportes, achando que é a última bolacha do pacote.
E, em nossa seleção de futebol, existem 11 últimas bolachas titulares, e outras tantas no banco de reservas.
Um determinado jogador, que é comparado ao Pelé, após ganhar a medalha de prata, passou a noite fora, provavelmente comemorando sua performance individual, suas quedas com 3 ou 4 cambalhotas dignas de um campeão de ginástica artística.
Fanfarrões globais
Aliás, nos tornamos os fanfarrões globais nesse quesito.
Achamos que somos espertos, retardando o jogo quando estamos a frente no placar, pedindo cartão amarelo para o adversário a cada falta (?) recebida, dando piruetas a esmo.
Mas somos extremamente trouxas.
E, com toda razão, somos objeto de vaias dos torcedores de outros países, não acostumados a essa (falta de) postura.
Malandro é quem faz as coisas certas.
Já dizia um samba:
"Se malandro soubesse como é bom ser honesto, seria honesto só por malandragem."
Postura perante o esporte que se abraça é, em primeiro lugar, ser honesto com esse esporte.
Aos demais atletas de todas as outras modalidades (salvo raríssimas exceções) parabéns pelo empenho, performance, dedicação e POSTURA.
Marco Cyrino
Análise perfeita!
ResponderExcluiressa de querer ser malandro mata.
ResponderExcluirnão aguento isso.