Parece ser definitivo.
Lance Armstrong não estará em Kona neste ano.
Pelo menos não para participar do Ironman World Championship.
Como já deve ser de conhecimento geral, a Agência Norte Americana Anti-doping voltou a formalizar acusações contra ele (ver notícias publicadas, copiadas ao final deste post).
Ato contínuo, o suspenderam de todas as competições.
Acabei de verificar os resultados do Ironman Nice, França (neste link), a primeira prova em que vigorou essa suspensão, na esperança de ver seu nome na lista de atletas que competiram.
Infelizmente para aqueles que, como eu, aguardavam uma disputa como talvez nunca houvera em Kona, ele não consta na lista.
Não sei se ainda haverá tempo para ele participar de alguma outra etapa de Ironman que o classifique para Kona (caso algo mudasse em sua situação).
Creio que não.
Mesmo que algo mudasse, penso que o estrago (ao menos psicológico) já está concretizado.
ANTES DE PROSSEGUIR, REGISTRO QUE SOU TOTAL E IRRESTRITAMENTE CONTRA QUALQUER TIPO DE DOPING.
Punição por suspeitas
Porém, me parece estranho que, em fevereiro deste ano, tenha sido concluída uma investigação de doping contra ele, sem provas consistentes (abaixo em vermelho).
Também me parece estranho que, durante décadas, centenas ou talvez milhares de atletas de várias modalidades tenham sido flagrados pelas agências anti-doping, exceto ele.
E, depois de tantos anos, ele ser suspenso por “suspeita” de doping é mais estranho ainda.
Não entendo uma “justiça” que pune por suspeitas.
Que ele, ou qualquer outro atleta, seja suspenso, banido até do mundo do esporte por doping.
Mas por doping e não por suspeita.
Se um determinado órgão responsável pela apuração e comprovação de determinado delito não consegue, seja por incapacidade ou qualquer outro motivo, provar a culpa de alguém, salvo engano meu, esse alguém deve ser considerado inocente.
Pode ser que, enquanto escrevo este post (24/03/2012 - 20h00), já existam fatos novos que comprovem sua culpa.
Mas, até onde pude apurar, neste momento a situação é a mesma.
Em março deste ano, ao completar o Ironman 70.3 do Panamá, em 2º lugar (isto, se não me engano, em seu retorno ao Triathlon), ele e os outros dois primeiros colocados não fizeram o exame antidoping, por decisão da organização da prova.
A organização resolveu aplicar esses testes a partir do 4º colocado.
Prontamente, ele se disponibilizou a fazer testes a qualquer hora e em qualquer local (ver texto marcado em vermelho, na primeira notícia copiada ao final deste post).
Aliás, isto é o que, via de regra, acontece com qualquer atleta profissional: testes a qualquer hora, em qualquer local.
Que eu saiba, com ele não tem sido diferente.
Gostaria muito que, para o bem do esporte e "credibilidade geral da nação", fatos concretos esclarecessem definitivamente este assunto.
Aproveito para postar um vídeo (que há alguns dias me foi enviado pelo Fernando Rocha e garimpado por Luciano Barbieri) e fazer a seguinte pergunta:
- Aos 15 anos de idade, dando dura nos melhores Triathletas da época, estaria ele dopado?
Gostaria realmente de conhecer as opiniões dos amigos atletas e apreciadores / observadores do esporte.
Marco Cyrino
A seguir, as matérias mencionadas.
Fonte: Webrun - UOL
Lance Armstrong é barrado em Ironman da França por suspeita de doping
14/06/2012 - Atualizada às 20:40
O ex-ciclista norte-americano Lance Armstrong, heptacampeão da Volta da França e atual competidor de Ironman – em especial das provas de 70.3, o “meio Ironman” – foi impedido de participar do Ironman da França, em Nice, no próximo dia 24 de junho. O motivo é que a Unasa (Agência Norte-americana Anti-doping) fez novas acusações formais de doping contra o atleta.
O documento, divulgado no dia 12 de junho, ressalta que amostras de sangue do ex-ciclista coletadas entre 2009 e 2010 tem “traços consistentes de utilização de EPO (Eritropoetina) e/ou transfusões de sangue)”. Em fevereiro, foi encerrada sem provas consistentes uma investigação de doping contra Armstrong, que contou com depoimentos de Floyd Landis e Tyler Hamilton, dois ex-colegas de equipe do triatleta.
Defesa- “Nunca me dopei e, ao contrário de muitos dos meus acusadores, competi por 25 anos em esportes de resistência sem mudanças drásticas de desempenho. Passei por mais de 500 testes de substâncias proibidas e nunca testei positivo”, afirma Lance.
A acusação da Usada afirma que o ex-ciclista e mais cinco profissionais estiveram envolvidos em uma "conspiração" de doping de 1998 até 2007. Armstrong deixou de competir no ciclismo em 2011 para se dedicar ao triathlon de longa distância e tem feito grande temporada no circuito de Ironman 70.3.
O processo coloca em risco os sete títulos do Tour de France conquistados pelo atleta e por ora o impedem de participar das provas de Ironman. Mais do que isso, devem arranhar a reputação que ele construiu ao se tornar um ícone do esporte, vencendo um câncer nos testículos para voltar a competir de forma vitoriosa. `
O documento, divulgado no dia 12 de junho, ressalta que amostras de sangue do ex-ciclista coletadas entre 2009 e 2010 tem “traços consistentes de utilização de EPO (Eritropoetina) e/ou transfusões de sangue)”. Em fevereiro, foi encerrada sem provas consistentes uma investigação de doping contra Armstrong, que contou com depoimentos de Floyd Landis e Tyler Hamilton, dois ex-colegas de equipe do triatleta.
Defesa- “Nunca me dopei e, ao contrário de muitos dos meus acusadores, competi por 25 anos em esportes de resistência sem mudanças drásticas de desempenho. Passei por mais de 500 testes de substâncias proibidas e nunca testei positivo”, afirma Lance.
A acusação da Usada afirma que o ex-ciclista e mais cinco profissionais estiveram envolvidos em uma "conspiração" de doping de 1998 até 2007. Armstrong deixou de competir no ciclismo em 2011 para se dedicar ao triathlon de longa distância e tem feito grande temporada no circuito de Ironman 70.3.
O processo coloca em risco os sete títulos do Tour de France conquistados pelo atleta e por ora o impedem de participar das provas de Ironman. Mais do que isso, devem arranhar a reputação que ele construiu ao se tornar um ícone do esporte, vencendo um câncer nos testículos para voltar a competir de forma vitoriosa. `
02 Março 2012
Lance Armstrong viu o seu nome envolvido numa controvérsia após terminar em segundo lugar no triatlo Ironman, no Panamá a 12 de fevereiro. A organização mudou o protocolo exigido pela AMA para controlos anti-doping e não o testou.
Em vez de realizar controlos antidoping, como de costume pelas normas da Agência Mundial Antidopagem (AMA), aos três primeiros classificados, a organização decidiu fazer os testes a partir do quarto lugar. Armstrong regressou à modalidade onde se iniciou, para ser surpreendentemente segundo, apenas batido pelo neozelandês Bevan Docherty, medalha de prata no triatlo olímpico dos Jogos de Atenas (2004) e bronze em Pequim (2008).
Armstrong precisou de 3.50.55 horas para completar os 1900 metros de natação, os 90 quilómetros de ciclismo e os 21,1 quilómetros de corrida. Como ex - ciclista foi no segmento de bicicleta que Lance Armstrong se saiu melhor, ganhando tempo ao triatleta neozalandês.
O sete vezes vencedor do Tour convidou amavelmente os 'controladores' através de sua conta no 'Twitter': "Bem-vindo a qualquer hora, em qualquer lugar."
No início deste ano, o Ministério Público dos EUA suspendeu as investigações contra Armstrong.
Armstrong sempre negou ter-se dopado.Para o Texano só há uma razão para o número de controlos anti-doping que realizou: "Sou um ciclista e agora triatleta profissional."
Se errou tem que ser punido. Porém acho que esta "punição" é mais pra provar quem pode mais. A briga Usada x Lance A não tem sentido neste momento. A expectativa gerada pra Kona este ano é enorme. E ainda sao fundamentadas nos depoimentos de dois ex-ciclistas com reputação duvidosa. Acho que perdem todos. Uma
ResponderExcluirops... uma pena!
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