Quarta-feira, fiz o último longão de corrida: 35 km.
O próximo deve ser leve, 15 a 18 km... rsrsrs (ainda não recebi a planilha do Ivan).
Neste sábado, fizemos 165 km de pedal.
Pedalando contra os ventos
Como sempre, na Rio/Santos, o vento é contra na ida, mas, em compensação, é MUITO CONTRA e bem mais forte na volta.
Características do nosso litoral...
Normalmente, ao amanhecer o vento é levemente de Oeste (quando não de Noroeste, com rajadas).
Para quem vai rumo a Bertioga, o vento é meio de lado, meio de frente, porém moderado.
Com o passar do dia, o vento vai virando de Oeste para Leste.
Isto mesmo, vai invertendo, devido às variações de temperatura do mar e da terra. Este assunto é bem complexo.
Isso faz com que normalmente pedalemos contra o vento, tanto na ida (embora com vento leve), quanto na volta (geralmente com vento moderado).
Esta situação reproduz de certa forma as condições de Floripa nos últimos 3 anos em que fiz o Ironman BR.
Seria bom se isto me ajudasse a me tornar um ótimo ciclista, mas acho que meu corpo se recusa.
Estratégias de treino e hidratação
Desta vez, resolvemos fazer uma primeira “perna” de pedal bem longa (140 km), para que na segunda “perna” não sofrêssemos tanto.
Problema
Só tenho 2 suportes de caramanholas em minha bike.
O Torpedo, e um no quadro.
Para essa distância, não há espaço para levar um volume que me desse autonomia de água e carboidratos (o que venho usando nos treinos é líquido – Acellerade)
Com otimismo faria os primeiros 140 km em algo próximo de 4h30m a 5h00m. Com duas caramanholas de 750 ml cada, impossível.
Solução
Levaria uma caramanhola já preparada com a proporção de carbos que tenho usado (30 g/carbos x 400 ml/água) + outra só com água.
Na camisa de ciclismo, levaria uma caramanhola menor (500 ml) com uma porção concentrada de Accelerade, para poder parar em qualquer “padoca” e reabastecer com água, além de fazer reposição de carbos na proporção adequada.
O processo de "secagem"
Como já mencionei em outros posts, tenho uma perda significativa de suor em treinos.
Daí, tenho de fazer uma reposição precisa, não só de carboidratos, mas também de sódio, potássio, água, e tudo o mais que se perde.
O sódio é fundamental para não “quebrarmos” nos treinos e em provas. Mas é necessário "acertar a mão" nessa reposição.
Nem a mais, nem a menos.
Um dia, fazendo um longão de corrida, abusei do consumo de sódio, e no segundo terço do treino me senti um verdadeiro bacalhau, com a roupa toda esbranquiçada, por expelir sódio (sal) pelo suor, e ao mesmo tempo desidratado.
Não gosto de entrar em searas que não são as minhas, mas aprendi que o sódio em quantidade excessiva (ou pouco diluído) compete por osmose com o sódio já existente em nossas células.
Ganha quem tiver mais... rsrsrs
Portanto, se ingerirmos uma quantidade muito concentrada de sódio, ele irá retirar a pouca água que existe nas células, para tentar equilibrar a sua diluição (concentração) dentro e fora das mesmas.
Daí a necessidade de ingerirmos tudo nas proporções e nos momentos corretos.
Descuido
Well, dando continuação ao longão de pedal.
Chegamos em Juquehy, a 70 km do início do treino.
Eu havia acabado com a caramanhola de carbos, e mais meia de água.
Até aí, tudo mais ou menos bem.
Já deveria ter ingerido um pouco mais de carbos e água.
Comprei água e refiz a caramanhola de carbos, além de encher a outra com água.
Na volta, bebendo carbos e um pouco de água, comecei a sentir muita sede.
Pensei: Caramba! Onde estou errando?
Descobri que simplesmente havia diluído em apenas 1 caramanhola toda a dose concentrada de carbos, destinada a 2 caramanholas.
Estava ingerindo alta concentração de carbos, sódio e tudo mais.
Bacalhoei de novo!
Lição
Bom que errei ainda a tempo de corrigir para a prova.
Vai fazer toda a diferença estar focado, treinado, consciente do que usar e de como usar na prova.
ESTÁ CHEGANDO A HORA!
Marco Cyrino
Assim vai virar um bacalhau!! kkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirBeijos, ANA PAULA