Longão Improvisado (treino de ciclismo)

Final de semana com treino longo de bike programado: 145 km.

Procurando brechas no tempo e observando tempos de recuperação

Sábado amanheceu chovendo, com a entrada de uma frente fria.

Foi até bom, porque não me sentia recuperado do treino longo de corrida, feito na 5ª feira à noite.

Foram 30 longos quilômetros.

Quase 3 horas correndo.

Sexta à noite, já sabia que não me sairia bem se fizesse o longo de pedal no sábado.

Torcida para que o tempo melhorasse no domingo.

Não melhorou... Piorou, e muito.

Deitei cedo no sábado, para acordar às 4h30 da matina.

Choveu forte durante toda a madrugada e acabei nem dormindo bem, ouvindo as pancadas de chuva caindo.

Levantei no horário, tomei um ótimo café da manhã, e nada de a chuva sequer diminuir.

Não costumo "arregar" para mau tempo, mas estava realmente péssimo.

Uma coisa é pegar chuva durante o treino.

Outra, totalmente diferente, é sair de casa já debaixo de chuva forte.

Volto depois das fotos...

Carranca do tempo em Santos, no domingo pela manhã 

Respeitando...

Desta vez resolvi obedecer à minha intuição.

Na última vez não obedeci, quis ir contra tudo e contra todos, e acabei ganhando um Chão.

Não sou supersticioso... Pelo menos não muito... rsrsrs

Hora de improvisar (a dois é mais fácil...)

Preparei o ambiente.

Um parênteses: quem preparou não fui eu, e sim a Neuza.

É ela quem sempre prepara tudo - alimentação, hidratação, roupas e tudo o mais.

Sou sortudo!

Além de incentivadora ela é mais do que staff particular.  

Aliás, ela sabe bem quem ela é.

Ambiente preparado: rolo montado no meio da sala, todas as portas e janelas do apartamento abertas para uma melhor ventilação, circulador de ar na minha cara, cachorro deitado ao lado do rolo...

Cachorro deitado ao lado do rolo?

Sim! Cachorro deitado ao lado do rolo.

E me olhando com cara de quem pensa: "Esse cara está cada dia mais doido".

                                      Sob observação do psicãonalista

Treino indoor

Comecei o treino sem estabelecer uma meta exata.

Só queria fazer o maior volume (distância) possível, para compensar a perda do treino na estrada.

Quem, como eu, trabalha a semana toda em horário comercial, conhece a dificuldade de encontrar tempo para pedalar na rua, nos dias úteis.

Procuro fazer pelo menos 2 treinos semanais na academia de bike indoor (spinning), ou em casa no rolo.

Uso do rolo em treinos para volume

Mas, convenhamos, rolo é um ótimo recurso para treinos específicos.

Agora, para fazer volume é fogo!

Uma vez, a Carla Moreno me disse que fez 5 horas de rolo, treinando para o Iron.

Estou chegando à conclusão que ela não é deste planeta.

Existem aspectos positivos e negativos em treinar no rolo.

Segurança, conforto, clima, ventilação, subidas, vento contra, imprevistos, entre outros... escolham o que é positivo e o que é negativo.

O fato é que fazer um volume grande no rolo foge totalmente aos parâmetros do treino outdoor.

A começar pela ventilação.

Como meu "radiador" já tem 5 décadas e meia, acabo ficando hiperaquecido e sofro bastante com a perda de líquido.

Outro ponto é que no rolo não existe o efeito da velocidade inercial. Então, pedalamos o tempo todo, sem pausa.

Também é difícil estabelecer (sem um Medidor de Potência) a força exata que estamos aplicando, em relação àquela que aplicaríamos na estrada.

Pedalando parado

Considerando (e apesar de) tudo isto, pedalei a primeira hora, a segunda hora, a terceira hora, e consegui fazer 4 horas e lá vai fumaça, percorrendo 140 km literalmente parado.

Pós-treino...

Distância percorrida

Haja saco... L I T E R A L M E N T E. 

Marco Cyrino

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