Sob a lógica fria, chega a parecer contra-senso
este hábito de comemorar o Ano Novo.
Em verdade, estamos apenas
reiniciando uma contagem,
um número de dias e meses, repartidos
segundo um calendário ocidental
instituído há poucos séculos, um
átimo na história da humanidade.
Nesta viagem cíclica pelo espaço,
nossa Nave Terra está apenas passando
novamente
pelo mesmo ponto notável da elipse
que percorremos em torno do Sol.
Dormiremos, cansados pela
comemoração.
Acordaremos e não nos veremos em um novo
lugar,
com nova morada, novo trabalho, novos
amigos.
Não teremos de volta nossos entes
queridos, que se foram.
Não serão novos, nem deixarão de
existir,
nossos problemas, nossos vícios e
defeitos.
Novos projetos? Certamente!
Permanecerão as injustiças e
iniqüidades.
Seres inocentes, de todas as
espécies, continuarão sofrendo.
Será temporariamente amenizado o
sofrimento de alguns...
Apenas a esperança não
será a mesma.
A mágica do Ano Novo
consiste em renovar a esperança.
A esperança faz as pessoas desejarem
e prometerem, no Ano Novo.
Mas, esperança é um misto de
sentimento, desejo e fé,
uma entidade que remete às
expectativas ingênuas da infância,
quando queríamos ardentemente que
algo se realizasse
como que por Obra Divina, independendo das nossas próprias ações.
Esperança não morre,
mas, enfraquece rapidamente ante as demandas
da vida,
logo após os desejos e promessas de
Ano Novo.
A simples renovação da
esperança não constrói um Ano Novo.
Só se constrói um ano, qualquer ano
realmente novo,
perseguindo nossos objetivos, a cada
momento, persistentemente,
atravessando, escalando, derrubando,
ou contornando obstáculos,
enxergando através deles.
Acreditamos em dias
novos,
em horas novas, em
minutos novos, em segundos novos.
Que as esperanças renovadas a cada passagem
de ano,
alimentadas pelos melhores valores,
sentimentos e crenças,
permaneçam sempre vivas em nossas
mentes e corações
e, transformadas em objetivos
concretizados,
possam mover a humanidade para um
plano menos imperfeito.
Equipe
3ATHLON NA VEIA - 2011
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