sexta-feira, 25 de novembro de 2011

SURFNAVEIA

Hoje o assunto é surf.
Nada a ver com o Blog?
Pode ser. Ou não. Mas, que o assunto é surf, é!

Redescobrindo
Depois de mais de um ano (talvez mais) sem surfar, entretido que estava com os treinos de Triathlon, hoje finalmente peguei umas ondas.
Nada de excepcional, 1 metrinho na série, aqui no Canal 1 mesmo.

Mas, pra quem estava esse tempo todo sem surfar, lavou meu neoprene, minha prancha e principalmente minha alma.
Não sei explicar como fiquei esse tempo todo sem surfar.
Cada onda surfada é sempre diferente.
Como já cansaram de dizer, não existem 2 ondas iguais, daí...
Outra coisa que me deixou muito contente foi descobrir que ainda sei surfar... rsrsrs

Um dos motivos que me tiraram um pouco o tesão de surfar (além do tempo disponível, é claro) foi o crowd terrível, principalmente da molecada que se acha profissional e não respeita ninguém.
Hoje, percebi que esse mesmo crowd está mais maneiro.
Ou, estão respeitando mais os mais velhos...

Divagando e sempre
Aproveitando que o assunto é surf, quero dizer que estou impressionado com a nova geração de profissionais brasileiros no Circuito Mundial.

O Circuito Mundial organizado pela ASP (Association of Surfing Professionals) é estruturado em 2 divisões.
A principal (primeira divisão) que é a WCT (World Championship Tour), e a de acesso (segunda divisão) que é o WQS (World Qualifying Series).

Até 2009, analogamente ao Campeonato Brasileiro de Futebol, caíam os últimos surfistas da WCT e subiam os primeiros da WQS.
Acho que caiam e subiam 15 surfistas, de um total de 45, no WCT.
Atualmente, baseada nas regras do tênis, a ASP faz com que, mais ou menos na metade do circuito, alguns surfistas da WQS (os 10 primeiros, se não me engano) já possam participar das outras etapas da WCT.

Como não tenho acompanhado surf tão de perto quanto antes, se estiver enganado, por favor, me corrijam.

Bom, dito isto, já tínhamos uma legião de surfistas super-, hiper-, mega-competitivos e talentosos, porém nunca tivemos um campeão mundial profissional.

Desde os tempos de Picuruta Salazar (que continua a surfar e competir), Daniel Friedman, Pepê e Rico de Souza (minha geração...), passando por Vitor Ribas, Teco Padaratz e Fábio Gouveia (Fábio Fabuloso), até chegar a Bruno Santos, com uma vitória inesquecível na etapa de Teahupoo (Tahiti), a onda mais cascuda de todas as etapas do circuito.

Isto é Teahupoo

Diferenças estruturais
Muito da dificuldade em não termos conquistado um título mundial profissional (Junior e Amador já temos alguns) diz respeito à absurda diferença de condições dos nossos surfistas, quando comparadas às dos americanos e australianos (na verdade comparadas às dos surfistas do "primeiro mundo").

Diferenças gritantes na infraestrutura de treinos, patrocínios, etc.

Também no Triathlon...
Aliás, acontece exatamente o mesmo no Triathlon.
Quem disse mesmo que o post não tinha nada a ver com o Blog?

Apesar das diferenças
Atualmente, Adriano de Souza, o Mineirinho, do Guarujá, tem obtido excelentes resultados no WCT e dando uma dura nos gringos, inclusive no Kelly Slater (norte-americano que é apenas unodecacampeão – 11 vezes campeão do Circuito Mundial).

Neste ano, Mineirinho já venceu 2 etapas do WCT.
Uma em maio, no Rio de Janeiro, derrotando Taj Burrow (australiano) na final, e outra recentemente (outubro), em Portugal, derrotando simplesmente o Careca (Kelly) na final.
Antes que alguém politicamente correto me corrija, Careca é sim o apelido do Kelly Slater no circuito.

Agora, acabou de ficar em 3º lugar, na primeira etapa da Tríplice Coroa Havaiana (Triple Crown of Surfing), ocorrida em Haleiwa Beach.
Qualquer dia, falarei sobre a Tríplice Coroa Havaiana, uma competição à parte, dentro do Circuito da ASP, com provas tanto do WQS quanto do WCT.

Para finalizar com chave de ouro, Gabriel Medina, de apenas 17 anos, natural de São Sebastião, praia de Maresias, simplesmente quebrou todas as barreiras e, neste ano, subindo pelo novo ranking, do WQS para o WCT, também já venceu duas provas da divisão principal.
A primeira em outubro, na França em Hossegor, derrotando também o “Careca”, na final. A segunda, há poucos dias, na etapa americana em São Francisco, derrotando na final o australiano Joel Parkinson.

Vejam que neste ano vencemos 4 etapas de um total de 11 programadas.
Ainda falta a 11ª e última, em Pipeline – Hawaii – a onda mais famosa do mundo.
Será?

De qualquer forma, estão deixando seus nomes gravados na história do Circuito Mundial e eu, particularmente, tenho muita fé em que logo teremos o primeiro Campeão Mundial de Surf Profissional Brasileiro.

Isto é Pipeline

Cáspita! Falei (escrevi) muito...
Mas, como hoje eu surfei, tenho direito...rsrsrs

Fui... antes que lembre de mais alguma coisa.
Bons treinos e boas ondas.

Marco Cyrino

Um comentário:

  1. Unodecacampeão é cara que anda de Fiat e toma decadurabolin?

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