Nada a ver com o Blog?
Pode ser. Ou não. Mas, que
o assunto é surf, é!
Redescobrindo
Depois
de mais de um ano (talvez mais) sem surfar, entretido que estava com os treinos
de Triathlon, hoje finalmente peguei umas ondas.
Nada
de excepcional, 1 metrinho na série, aqui no Canal 1 mesmo.
Mas,
pra quem estava esse tempo todo sem surfar, lavou meu neoprene, minha prancha e
principalmente minha alma.
Não
sei explicar como fiquei esse tempo todo sem surfar.
Cada
onda surfada é sempre diferente.
Como
já cansaram de dizer, não existem 2 ondas iguais, daí...
Outra
coisa que me deixou muito contente foi descobrir que ainda sei surfar... rsrsrs
Um
dos motivos que me tiraram um pouco o tesão de surfar (além do tempo
disponível, é claro) foi o crowd
terrível, principalmente da molecada que se acha profissional e não respeita
ninguém.
Hoje,
percebi que esse mesmo crowd está
mais maneiro.
Ou,
estão respeitando mais os mais velhos...
Divagando e sempre
Aproveitando
que o assunto é surf, quero dizer que estou impressionado com a nova geração de
profissionais brasileiros no Circuito Mundial.
O
Circuito Mundial organizado pela ASP (Association
of Surfing Professionals) é estruturado
em 2 divisões.
A
principal (primeira divisão) que é a WCT (World
Championship Tour), e a de acesso
(segunda divisão) que é o WQS (World Qualifying
Series).
Até
2009, analogamente ao Campeonato Brasileiro de Futebol, caíam os últimos
surfistas da WCT e subiam os primeiros da WQS.
Acho
que caiam e subiam 15 surfistas, de um total de 45, no WCT.
Atualmente,
baseada nas regras do tênis, a ASP faz com que, mais ou menos na metade do
circuito, alguns surfistas da WQS (os 10 primeiros, se não me engano) já possam
participar das outras etapas da WCT.
Como
não tenho acompanhado surf tão de perto quanto antes, se estiver enganado, por
favor, me corrijam.
Bom,
dito isto, já tínhamos uma legião de surfistas super-, hiper-, mega-competitivos
e talentosos, porém nunca tivemos um campeão mundial profissional.
Desde
os tempos de Picuruta Salazar (que continua a surfar e competir), Daniel Friedman,
Pepê e Rico de Souza (minha geração...), passando por Vitor Ribas, Teco
Padaratz e Fábio Gouveia (Fábio Fabuloso), até chegar a Bruno Santos, com uma
vitória inesquecível na etapa de Teahupoo (Tahiti), a onda mais cascuda de todas as
etapas do circuito.
Isto é Teahupoo
Diferenças estruturais
Muito
da dificuldade em não termos conquistado um título mundial profissional (Junior
e Amador já temos alguns) diz respeito à absurda diferença de condições dos
nossos surfistas, quando comparadas às dos americanos e australianos (na
verdade comparadas às dos surfistas do "primeiro mundo").
Diferenças
gritantes na infraestrutura de treinos, patrocínios, etc.
Também no Triathlon...
Aliás,
acontece exatamente o mesmo no Triathlon.
Quem
disse mesmo que o post não tinha nada a ver com o Blog?
Apesar das diferenças
Atualmente,
Adriano de Souza, o Mineirinho, do Guarujá,
tem obtido excelentes resultados no WCT e dando uma dura nos gringos, inclusive
no Kelly Slater (norte-americano que é apenas unodecacampeão – 11 vezes campeão
do Circuito Mundial).
Neste
ano, Mineirinho já venceu 2 etapas do WCT.
Uma
em maio, no Rio de Janeiro, derrotando Taj Burrow (australiano) na final, e
outra recentemente (outubro), em Portugal, derrotando simplesmente o Careca
(Kelly) na final.
Antes
que alguém politicamente correto me corrija, Careca é sim o apelido do Kelly
Slater no circuito.
Agora,
acabou de ficar em 3º lugar, na primeira etapa da Tríplice Coroa Havaiana (Triple Crown of Surfing), ocorrida em Haleiwa Beach.
Qualquer
dia, falarei sobre a Tríplice Coroa Havaiana, uma competição à parte, dentro do
Circuito da ASP, com provas tanto do WQS quanto do WCT.
Para
finalizar com chave de ouro, Gabriel Medina,
de apenas 17 anos, natural de São Sebastião, praia de Maresias, simplesmente
quebrou todas as barreiras e, neste ano, subindo pelo novo ranking, do WQS para
o WCT, também já venceu duas provas da divisão principal.
A
primeira em outubro, na França em Hossegor, derrotando também o “Careca”, na
final. A segunda, há poucos dias, na etapa americana em São Francisco,
derrotando na final o australiano Joel Parkinson.
Vejam
que neste ano vencemos 4 etapas de um total de 11 programadas.
Ainda
falta a 11ª e última, em Pipeline – Hawaii – a onda mais famosa do mundo.
Será?
De
qualquer forma, estão deixando seus nomes gravados na história do Circuito
Mundial e eu, particularmente, tenho muita fé em que logo teremos o primeiro
Campeão Mundial de Surf Profissional Brasileiro.
Isto é Pipeline
Cáspita! Falei (escrevi) muito...
Mas, como hoje eu surfei, tenho
direito...rsrsrs
Fui... antes que lembre de mais
alguma coisa.
Bons treinos e boas ondas.
Marco Cyrino
Unodecacampeão é cara que anda de Fiat e toma decadurabolin?
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